Insónia

Começar onde acaba, nem faz sentido que de outra forma o seja. Não consigo, não flui, dói e a culpa é toda tua. Não é, é só minha, é nossa, não é de ninguém.
Acusações desde o primeiro segundo, injustiças que nada mais geram senão raiva, exaustão, impaciência... Resultado? Silêncio.
Não sei o que estás a tentar provar a ti mesmo. Cada dúvida, cada declaração de autocomiseração que verbalizas, são facadas no “coração” que estás tão certo que não tenho. Está a tornar-se assustadoramente constante o teu desvalorizar de tudo o que sei que fomos. Lágrimas.
Estás a comer-me a sanidade mental, a cuspir-lhe em cima. Estás em todo o lado e não o suporto.

Respostas, sei que as queres mas não as tenho.