Tuesday, July 16, 2013

Limbo

Regresso à nostalgia. Ao não saber quando foi que o desenrolar de tudo nos trouxe até aqui, até esta incerteza, este limbo. Na verdade, até este nada.
A esperança de que se passe o tempo e que acordes para voltar a sentir a minha falta. Ainda sinto a tua, em dias como o de Hoje. Por isso volto, relembro e danço um pouco com a melancolia da nossa situação.

O egoísmo de querer ser mais do que os outros são no teu presente, como já foi, como já não é. O voltar ao familiar ponto de encontro à espera de um vislumbre teu, de um pequeno osso para eu voltar a roer. Está tudo ao contrário e sinto que sou a única que o vê. Desmoronou-se tudo e por mais pedrinhas que apanhe para tentar pôr no sítio... não volto a erguer nada, absolutamente nada.

Já não estou exausta, estou só cansada. As coisas desvanecem naturalmente, custam menos conforme ficam perdidas na incerteza do tempo e se perde a razão concreta do porquê. Se alguma vez o houve, esse maldito porquê, não tenciono voltar a lembrá-lo. Afinal de contas, é só por hoje [até à próxima].

Tuesday, April 24, 2012

Miar à Lua

Se quisesse fazer de propósito não conseguia. Mas faço e não consigo mesmo, não arranca, não flui e eu queria tanto que fluisse.
Cada palavra que te mio é-me arrancada da coragem e não me estás a facilitar a cantiga...

Dá-me alguma coisa de volta, dá-me com que ocupar a mente sem que dela seja figmento. Para imaginar coisas, prefiro ficar-me por inventar palavras.

Saturday, February 18, 2012

Nada

Nada.
Nada do que penso.
Nada, do que não quero.
Nada que as noites apaguem, até tu não dormires.
Nada, porque te quero.
Nada que o te tempo envelheça, porque sim, por mais que eu te esqueça.
Um dia tudo.
Talvez nada.
De nada e de tudo.
Por que nunca, quem sabe um dia.
Porque o teu cheiro:
Porque os teus olhos, e o teu cabelo;
e o teu corpo...nunca.

Porque sim, eu penso.
E para sempre te desejo.
Nada mais,

(...)
Quero aturar o teu mau humor, só porque é teu
(...)

Como tudo o que pensas,
Hoje sou eu e tu.
Somos a Recordação do que fomos e nunca mais seremos, até que Tudo.

Até que nada.

Monday, November 28, 2011

Tempo

Aqui sozinha comigo mesma. Cansas-me o pensamento por não ser capaz de mexer no tempo.

Risco o passar dos dias nesta parede que é o Agora em que me encontro, já estiveste mais longe. Já estiveste mais perto.
Ter-te aqui comigo Agora seria atingir o êxtase, não necessariamente como quando sinto as tuas mãos no meu corpo ou quando me beijas... Bastavas-me tu por Agora. A tua presença, o teu silêncio, a tua companhia, o meu pequeno Mundo.

Tempo é aparentemente ao que tudo no fim se resume e és tu quem controla o meu, por o conseguires fazer parar quando me olhas e sabes o que de mais íntimo tenho e me dizes que me amas quando ninguém o faria.

Sei que não gostas que o pense, muito menos que o diga, mas a verdade é que tenho medo do dia em que a distância te vai fazer cansar de controlares o meu tempo.

Tuesday, November 01, 2011

Mojo Rising

She enters stage:

Blood boots. Killer storm.
Fool's gold. God in a heaven.
Where is she?
Have you seen her?

What are you doing here?
What do you want?
Is it music?
We can play music.
But you want more.
You want something & someone new.
Am I right?
Of course I am.
You want ecstasy
Desire & dreams.
Things not exactly what they seem.
I lead you this way, he pulls that way.
I'm not singing to an imaginary girl.
I'm talking to you, my self.
Let's recreate the world.
The palace of conception is burning.

Look. See it burn.
Bask in the warm hot coals.

You're too young to be old
You don't need to be told
You want to see things as they are.
You know exactly what I do
Everything

Thursday, March 31, 2011

Inquietude

Calma, onde estás tu?

Deixaste-me o corpo e foste com ele! Agora, enquanto não o tiver não te tenho a ti de volta.

Saturday, March 19, 2011

Lobotomia - #1

Vai chegar o dia em que vou esquecer.

Não vou esquecer como quem recorda e diz não sentir, como quem olha para trás e vive os momentos vezes sem conta sabendo o que foi e sorri.
Vou esquecer como se nunca lá tivesse havido nada; não vai haver vazio, nem solidão, nem vestígio de tristeza.
Não vai ser hoje, não vai ser amanhã, não será daqui a um mês. Não há prazo concreto mas sim determinação. Será quando for, quando eu não souber que foi.
Usar os clichés de quem por isto passou, porque de forma alguma me iludo a pensar que isto me aconteceu exclusivamente. Usá-los para te dizer que me vais querer e não ter, que vais procurar e não vou lá estar, que morreste aos meus olhos e nem marca deixaste.

É tudo mentira, tudo. Volta.