Tuesday, April 13, 2010

Lisboa abril 2010

Quase a completar os meus vinte e dois anos, olho para trás e nada vejo.
De olhos postos na frente, está tudo muito turvo, intermitente, inconstante e só em ti vejo o meu eu.
Lembro-me de escrever em 2008 que estava a desesperar por não ter chegado a ti,
definitivamente.
Dou por mim em 2010 sem certezas de te ter daqui a três meses, ou amanhã, ou nunca mais.
Uma coisa é certa, a semana foi agradável.
Amanhã é outro dia, aliás:

A cachaça já vai no fim
e daqui a nada já o sol nasce.
E quando ele nasce
nasce só para mim.

Só me vejo em ti
no verde dos teus olhos
no perfume do teu cabelo
de nada serve tudo isto
se não consumarmos a nossa traição.

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