Tuesday, April 27, 2010
Sunday, April 25, 2010
Calçada de Carriche
(...)
Luísa sobe,
sobe a calçada,
sobe e não pode
que vai cansada.
(...)
António Gedeão
Abril Sempre!
Luísa sobe,
sobe a calçada,
sobe e não pode
que vai cansada.
(...)
António Gedeão
Abril Sempre!
Monday, April 19, 2010
insonia consciente
Hoje, estou a ter a minha primeira insónia.
E o que é que um apaixonado faz, quando tem uma insónia? Escreve à sua paixão a pedir-lhe que lhe devolva o sono...
São quatro da manhã, e depois de ter andado a rebolar pela cama contigo na cabeça, aceitei o facto de não conseguir dormir, e decidi vir escrever-te.
Levantei-me, vesti o robe. Chove que se farta lá fora, e não sei da minha pantufa direita.
Adiante, desci as escadas, em paços tão atabalhoados que até o gato veio ver o que se passava...
Foi boa ideia teres trazido o bicho cá p'ra casa, como se não bastasse estares em tudo por onde ando, de olhos abertos ou fechados, ainda tenho um gato teu, que me pede festas na cabeça, que se deita ao piano e que se entrelaça nas pernas quando chego a casa tarde.
Fui para a cozinha, acordei de barriga vazia, servi-me de um copo de vinho tinto que sobrou do nosso jantar, a bebida toda a gente sabe, é um consolo para quem sofre dos males da alma.
Acendi o fogão, e fiz uns ovos mexidos, com chouriço, porque me apetecia algo quente para por no pão, com o temporal que está lá fora, seria um consolo, sentei-me no meu cadeirão da sala e acendi um charuto, daqueles que tu detestas o cheiro.
O vinho acabou, não vou agora à adega porque está a chover, sinto-me um homem desprevenido, com é que não previ que com o calor dos nossos actor, tombariamos, sem pestanejar as 4 garrafas de vinho que tenho sempre no armário.
Whisky? Conhac? qualquer um deles...mais uma vez, o whisky veio da Irlanda quando nos cansámos de Londres, e o Conhac...
O conhac foi coisa que aprendemos a beber juntos, no inicio franziamos o nariz, e dizias que não gostavas, que era muito forte, tinha um sabor muito intenso.
Comecamos a beber na primeira vez que fomos a Paris.
Eramos crianças, nem tu nem eu, sabiamos onde nos estavamos a meter.
Paris acabou por ser, o nosso destino, aliás grande parte de França, esta garrafa ofereceste-me no meu aniversário em Mirambeau, Bordeux.
Fugimos de tudo, e fomos passar a o acontecimento juntos, já que nesse ano, pouco ou nada sabia de ti.
Estava finalmente pronto para te escrever, com o estomago devidamente acondicionado, e o espirito refastelado, quando me apercebi que não tinha nem caneta nem papel.
Acordei com o barulho do teu carro a chegar nessa mesma madrugada, tinhas-te esquecido do lenço que tinhas no cabelo a noite anterior.
Meteste chaves a porta foste ter comigo, perguntaste-me pelo lenço, quando sabias bem que estava jogado algures p'ra cima do sofá, onde te despiste a noite anterior.
Agarrei-te, apoderei-me de ti, resististe, com todas as tuas forças, como fazes sempre, mordeste-me, bateste-me, arranhaste-me, gritaste, gemeste, suspiraste.
Bebeste o que sobrava do meu conhac da noite passada, deste uma garfada nos ovos, e saiste porta fora.
Na furia do golpe, não levaste o lenço. Vou arruma-lo, no nosso quarto junto aos teus vestidos, pode ser que um dia voltes.
deu-me sono.
E o que é que um apaixonado faz, quando tem uma insónia? Escreve à sua paixão a pedir-lhe que lhe devolva o sono...
São quatro da manhã, e depois de ter andado a rebolar pela cama contigo na cabeça, aceitei o facto de não conseguir dormir, e decidi vir escrever-te.
Levantei-me, vesti o robe. Chove que se farta lá fora, e não sei da minha pantufa direita.
Adiante, desci as escadas, em paços tão atabalhoados que até o gato veio ver o que se passava...
Foi boa ideia teres trazido o bicho cá p'ra casa, como se não bastasse estares em tudo por onde ando, de olhos abertos ou fechados, ainda tenho um gato teu, que me pede festas na cabeça, que se deita ao piano e que se entrelaça nas pernas quando chego a casa tarde.
Fui para a cozinha, acordei de barriga vazia, servi-me de um copo de vinho tinto que sobrou do nosso jantar, a bebida toda a gente sabe, é um consolo para quem sofre dos males da alma.
Acendi o fogão, e fiz uns ovos mexidos, com chouriço, porque me apetecia algo quente para por no pão, com o temporal que está lá fora, seria um consolo, sentei-me no meu cadeirão da sala e acendi um charuto, daqueles que tu detestas o cheiro.
O vinho acabou, não vou agora à adega porque está a chover, sinto-me um homem desprevenido, com é que não previ que com o calor dos nossos actor, tombariamos, sem pestanejar as 4 garrafas de vinho que tenho sempre no armário.
Whisky? Conhac? qualquer um deles...mais uma vez, o whisky veio da Irlanda quando nos cansámos de Londres, e o Conhac...
O conhac foi coisa que aprendemos a beber juntos, no inicio franziamos o nariz, e dizias que não gostavas, que era muito forte, tinha um sabor muito intenso.
Comecamos a beber na primeira vez que fomos a Paris.
Eramos crianças, nem tu nem eu, sabiamos onde nos estavamos a meter.
Paris acabou por ser, o nosso destino, aliás grande parte de França, esta garrafa ofereceste-me no meu aniversário em Mirambeau, Bordeux.
Fugimos de tudo, e fomos passar a o acontecimento juntos, já que nesse ano, pouco ou nada sabia de ti.
Estava finalmente pronto para te escrever, com o estomago devidamente acondicionado, e o espirito refastelado, quando me apercebi que não tinha nem caneta nem papel.
Acordei com o barulho do teu carro a chegar nessa mesma madrugada, tinhas-te esquecido do lenço que tinhas no cabelo a noite anterior.
Meteste chaves a porta foste ter comigo, perguntaste-me pelo lenço, quando sabias bem que estava jogado algures p'ra cima do sofá, onde te despiste a noite anterior.
Agarrei-te, apoderei-me de ti, resististe, com todas as tuas forças, como fazes sempre, mordeste-me, bateste-me, arranhaste-me, gritaste, gemeste, suspiraste.
Bebeste o que sobrava do meu conhac da noite passada, deste uma garfada nos ovos, e saiste porta fora.
Na furia do golpe, não levaste o lenço. Vou arruma-lo, no nosso quarto junto aos teus vestidos, pode ser que um dia voltes.
deu-me sono.
Sunday, April 18, 2010
Wednesday, April 14, 2010
Dançar à chuva.
Lisboa é muito bonita, ainda p'ra mais à noite, e com chuva, intensa.
E para quem ainda não sabe, andar à chuva, para além de molhar muito, revitaliza corpo e mente.
E sabe bem.
E eu ontem beijei-te, mas não sei se estavas a dormir.
E para quem ainda não sabe, andar à chuva, para além de molhar muito, revitaliza corpo e mente.
E sabe bem.
E eu ontem beijei-te, mas não sei se estavas a dormir.
Tuesday, April 13, 2010
Lisboa abril 2010
Quase a completar os meus vinte e dois anos, olho para trás e nada vejo.
De olhos postos na frente, está tudo muito turvo, intermitente, inconstante e só em ti vejo o meu eu.
Lembro-me de escrever em 2008 que estava a desesperar por não ter chegado a ti,
definitivamente.
Dou por mim em 2010 sem certezas de te ter daqui a três meses, ou amanhã, ou nunca mais.
Uma coisa é certa, a semana foi agradável.
Amanhã é outro dia, aliás:
A cachaça já vai no fim
e daqui a nada já o sol nasce.
E quando ele nasce
nasce só para mim.
Só me vejo em ti
no verde dos teus olhos
no perfume do teu cabelo
de nada serve tudo isto
se não consumarmos a nossa traição.
De olhos postos na frente, está tudo muito turvo, intermitente, inconstante e só em ti vejo o meu eu.
Lembro-me de escrever em 2008 que estava a desesperar por não ter chegado a ti,
definitivamente.
Dou por mim em 2010 sem certezas de te ter daqui a três meses, ou amanhã, ou nunca mais.
Uma coisa é certa, a semana foi agradável.
Amanhã é outro dia, aliás:
A cachaça já vai no fim
e daqui a nada já o sol nasce.
E quando ele nasce
nasce só para mim.
Só me vejo em ti
no verde dos teus olhos
no perfume do teu cabelo
de nada serve tudo isto
se não consumarmos a nossa traição.
Saturday, April 10, 2010
a ti canto.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
Sunday, April 04, 2010
prende-me a ti.
Laços ?
Sim, laços... - disse a raposa - ora vê:
por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu, não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti.(..) Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo...
o princepezinho.
Sim, laços... - disse a raposa - ora vê:
por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu, não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti.(..) Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo...
o princepezinho.
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